18 de fevereiro de 2020

A VERDADE É SIMPLES

A Verdade é simples.
Não há verdade metafísica profunda ou misteriosa.


Ou é verdade ou não é verdade;
e não pode haver verdade profunda ou superficial nem pode haver diversos graus de
verdade.

Para a verdade ser verdade, deve ser verdade absoluta.

Ocupamo-nos agora com a verdade de que nós individualizamos o poder infinito. Não devemos procurar um poder fora ou separado de nós mesmos. Nós individualizamos o poder infinito na medida de nossa conscientização da Verdade.

Quando nos deparamos com pessoas ou circunstâncias que têm aparência de mortalidade,
devemos reconhecer: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo", e aquilo que nos aparece como mortal
é ilusão, é nada. Não temos de temer nenhuma circunstância mortal ou material, uma vez que
reconhecemos sua nulidade.

A Vida, que é Deus, é nossa vida. Há apenas uma Vida, e esta é a vida de todos os seres, de
todos os indivíduos. Nós individualizamos esta vida eterna, e não há menos Deus em alguns seres
do que em outros. E esta vida, em todos, é sem doença e imortal. Nossa consciência desta verdade é
a influência curadora dentro de nós.

Existe apenas uma Consciência, Deus. Em nós se individualiza esta Consciência onipotente e
onisciente; por isso, nossa consciência é o socorro sempre presente em qualquer circunstância. Por
esta razão não oramos ou buscamos a um Ser longínquo, mas percebemos a onipresença da divina
Consciência como nossa consciência, e deixamos que o aparente problema se vá. A percepção desta
verdade nos confirma na consciência da presença da Vida, da Verdade, de Deus. A compreensão da
unidade da Consciência como a nossa consciência, da Vida como a nossa vida, é a Verdade eterna.

O próximo passo no desenvolvimento é a descoberta de que, como individualização da
Consciência, nós incorporamos em nossa própria consciência nosso corpo, nossos negócios e nosso
lar. Podemos comprovar nosso domínio sobre o tempo, o clima, a renda, a saúde e o corpo apenas
na medida em que sabemos serem idéias da consciência que somos.

O lar, o trabalho e o corpo são idéias nossas, sujeitas à nossa compreensão, e a conscientização desta verdade nos confere o domínio.
Isto não nos exalta como seres humanos nem nos torna divinos: isto varre de nós a
natureza humana e revela nossa divindade.

Podemos medir nosso desenvolvimento espiritual observando se estamos, ou não, tentando
melhorar uma condição física. Temos de lembrar que a vida orgânica do homem, do animal ou da
planta não é a Vida, Deus, e sim conceitos humanos e limitados da Vida real; assim, qualquer
tentativa de curar, mudar ou corrigir o universo físico é uma evidência de que não temos
desenvolvido o suficiente a consciência espiritual.

A Cristo-consciência reconhece que toda a vida é Deus — mas percebe que aquilo que nos
aparece como visão ou som materiais não é a Vida, mas mera ilusão ou um falso sentido de
existência. A consciência espiritual distingue a vida que é real.

Já que não podemos resolver um problema em seu próprio nível, temos de subir além das
aparências para trazer às claras a harmonia do ser. Aquilo que recai sob os cinco sentidos não é a
realidade das coisas; assim não podemos julgá-las neste nível.
Deixando de lado as aparências,
damos as costas ao quadro que se apresenta aos nossos sentidos e começamos a ter consciência da
Realidade — daquilo que é eterno.


Joel S. Goldsmith
(trecho do livro O Caminho Infinito)




NDT: Sempre que se refere à Deus, refere-se ao nosso Deus interior e/ou Eu Superior